Pular para o conteúdo principal

Bariloche: Cerro Tronador e Ventisquero Negro

Bariloche, Abril de 2016

Ainda sobre os passeios em Bariloche...

Cerro Tronador e Ventisquero Negro (Glaciar Negro)

Assim como os passeios para a Isla Victoria e o Bosque de Arrayanes, compramos o tour para o Cerro Tronador na Turisur. Esse era o passeio que eu mais tinha expectativas desde o início do planejamento do roteiro da viagem! Como seria quase um dia inteiro passeando a céu aberto, deixamos pra fazê-lo no dia com menor probabilidade de chuva possível e graças a Deus deu certo!

Na estrada: Ao fundo a cabeceira sul do Cerro Catedral e o Lago Gutierrez
O Cerro Tronador é um vulcão extinto de aproximadamente 3.490 metros, localizado em um dos pontos fronteiriços entre Argentina e Chile. No cume desse vulcão, há precipitação de neve o ano todo o que gera uma acumulação de gelo. Esse gelo acumulado por sua vez forma o Glaciar Manso. Como o Glaciar Manso está no cume do vulcão e constantemente em movimento, há sempre queda de gelo para a base do vulcão. O ruído gerado por essa queda de blocos gigantes de gelo se assemelha ao som de um trovão. Daí o nome de Cerro Tronador o que significaria algo do tipo "monte que trovoa" em português!

Tirei essa foto para ilustrar
Já o Ventisquero Negro é uma outra geleira, aos pés do Cerro Tronador que é formada pelo gelo que desce do Glaciar Manso mais os sedimentos rochosos e vulcânicos que acabam "sujando" o gelo. Por isso o nome Vestiquero Negro ou Glaciar Negro. O Cerro Tronador do lado da Argentina fica a aproximadamente 83km de Bariloche dentro da reserva ambiental do Parque Nacional Nahuel Huapi.

Amandinha na van com seu bilhete de entrada no Parque Nacional Nahuel Huapi. Pra ela de graça. Pra nós 100 pesos.
No decorrer dos 83km entre Bariloche e o Cerro Tronador pudemos desfrutar da natureza exuberante da região. Lagos, picos nevados, muito verde misturado com amarelo e avermelhado graças as variadas cores que o Outono traz a vegetação da área. No percurso de ida, que durou umas três horas, sempre fazíamos paradas para registrar um pouco daquelas belas imagens em fotos.


Vista do Lago Mascardi do Mirador de mesmo nome
Mirador do Lago Mascardi


Caminhando nas pedras com as roupas de frio maiores que ela! rs
Durante o percurso também fazíamos paradas em refúgios existentes dentro do parque. Esses refúgios são aquelas cabaninhas de madeira no meio do nada onde é  possível usar o banheiro, fazer um lanche e principalmente, naquele frio todo, dar uma aquecida tomando um bom chocolate quente e recarregar as energias!

Fazendo um lanchinho num dos refúgios no caminho
Chocolate quente
Casinha mal assombrada no meio do nada....hehehe
E enfim, depois de muita estrada, chegamos aos pés do Cerro Tronador e de frente para o Ventisquero Negro! Desde que conheci geleiras pela primeira vez lá em El Calafate fiquei encantado com esse espetáculo da natureza e por isso o passeio ao Cerro Tronador era o passeio que eu mais esperava. Geleiras não são simplesmente neve. É neve prensada durante milhares de anos que formam paredões enormes que vão pouco a pouco se movimentando e se renovando.

Ventisquero Negro ao fundo
Close-up no Ventisquero Negro
Placa do Parque Nacional Nahuel Huapi

Nós e o Ventisquero Negro ao fundo
Vale lembrar também que devido ao tal aquecimento global seja lá ele causado pelo homem ou apenas um ciclo natural da terra, vem encolhendo, pouco a pouco, as geleiras ao redor do mundo. Então, antes que elas sumam por completo, vamos admirar essas belezas deixadas de presente pra nós pela Era do Gelo! rs
 
Ventisquero Negro: Gelo misturado com sedimentos.
SuperZoom no Glaciar Manso
É isso pessoal! O passeio leva o dia inteiro mas vale muito a pena! O melhor que fizemos em Bariloche sem dúvidas.

No próximo post tem mais Bariloche.

Abcs

Renato Vieira

Comentários

Unknown disse…
Irado! Um dos passeios mais bonitos!!

Postagens mais visitadas deste blog

Pôr do Sol ao som de Bolero de Ravel - Praia do Jacaré - João Pessoa

João Pessoa, Maio de 2016, Vista da Praia de Tambaú a partir do hotel - Maio de 2016 O último final de semana das nossas férias havia chegado e com ele um novo destino: João Pessoa, capital da Paraíba... distante um pouquinho mais de duas horas de estrada vindo de Pipa . Eu já havia visitado João Pessoa antes, em 2008. Na ocasião estava a trabalho mas graças aos colegas paraibanos da empresa que eu trabalhava a época, consegui conhecer alguns dos pontos principais de JP numa verdadeira maratona depois do horário de trabalho! Lembro que daquela vez almoçamos peixe na Praia de Tambaú, fomos até a Ponta do Seixas (ponto mais oriental de toda a América) e curtimos o famoso Pôr do Sol da Praia do Jacaré ao som do Bolero de Ravel... Flashback: Ponta do Seixas 2008 Flashback: Praia de Tambaú 2008 Voltando para 2016, mais uma vez a passagem pela capital paraibana seria curta ... ficaríamos apenas 30 horas na cidade... Pipa, onde estávamos até então, fica exatamente no me

Bariloche: Isla Victoria e Bosque Arrayanes

Bariloche, Abril 2016 No post anterior falei um pouco da nossa chegada em Bariloche iniciando o nosso tão esperado período de férias. A partir de agora vou registrar alguns dos passeios que fizemos na região que é riquíssima em belezas naturais como é comum em toda a Patagônia! Não vai dar pra falar de tudo em apenas um post então essa é apenas uma primeira parte. Passeio de barco a Isla Victoria A Isla Victoria é uma ilha protegida pela reserva ambiental do Parque Nacional Nahuel Huapi. Compramos o passeio pra lá na agencia de turismo Turisur que tem pelo menos duas lojas no centrinho da Bariloche. Para chegar até a ilha, um ônibus da agencia nos levou do apartamento até o Puerto Pañuelo que fica próximo ao famoso Hotel Llao Llao. Do Puerto Pañuelo embarcamos num catamarã de outra agencia, a CAU-CAU, e iniciamos a navegação pelo lago Nuhuel Huapi. Apertando Amandinha na entrada do Puerto Pañuelo Já na Isla Victoria, as atividades foram: caminhadas em trilhas leves

Confeitarias de Bariloche - Chocolates Rapa Nui

Bariloche, Abril de 2016 Neste e no próximo post estarei fechando os relatos sobre Bariloche, falando sobre lugares especiais na cidade onde curtimos nossos chocolates, alfajores, doces de leite, cafés e tudo de açucarado que combina tão bem com o frio que faz por lá! Vou comentar basicamente sobre três lojas que ficam na calle Mitre , a uma curta caminhada de distância uma da outra... Vamos começar com a Chocolates Rapa Nui de Bariloche ! Chocolates Rapa Nui A maior das confeitarias que visitamos em Bariloche foi a Rapa Nui . Fomos lá pelo menos três vezes na semana em que estivemos na cidade, sempre depois do almoço para tomar um café e saborear uma sobremesa no belo e amplo salão da confeitaria, todo no estilo Art Nouveau ! Balcão na entrada da Rapa Nui Bonito vitral no teto do salão da confeitaria Rapa Nui em Bariloche Parte do salão da confeitaria Rapa Nui Escolhendo o próximo pedido na RapaNui A Rapa Nui começou em Bariloche produzindo chocol

Bariloche: Seis dicas de onde comer boa carne!

Bariloche, Abril de 2016 Concluídos os relatos sobre os passeios mais importantes que fizemos em Bariloche , quero entrar agora em uma outra parte da viagem que foi igualmente gostosa: Os restaurantes! Em Bariloche comemos em lugares bem legais e com preços bem acessíveis se comparados com restaurantes do mesmo padrão no Rio de Janeiro por exemplo... E a nossa dieta em Bariloche foi estritamente carnívora! Se no nosso prato não tinha algum corte tradicional do churrasco argentino, pode contar que tinha o folclórico Cordeiro Patagônico! hehe Restaurante da hosteria La Casita Andando pelo centrinho de Bariloche, próximo a hora do almoço, descobrimos sem querer esse restaurante pequeno, arrumadinho, todo decorado no estilo alpino, dentro de uma hosteria (pousada). Lá entramos e fomos muito bem recebidos num ambiente aconchegante, rústico e com atendimento familiar!   Nós no restaurante da hosteria La Casita em Bariloche Vista da janela onde estávamos no La Casita